ELEIÇÕES
SEM LARANJAS
#ParticipaMulher contra candidaturas ‘’laranjas’’
Ações de investigação judicial eleitoral foram apresentadas denunciando suposta fraude à cota de gênero nas chapas dos partidos PROS e PRTB na eleição para a Câmara Municipal de Belo Horizonte, em 2020. Fraude esta que se dá em razão de uma prática (ainda que irregular) comum nos partidos - o uso de candidatas fictícias para atingir a cota mínima de 30% de mulheres na chapa. Sem essas candidatas, não poderiam os partidos ter registrado a quantidade de candidatos homens pretendida.
Se confirmadas as denúncias, a Justiça Eleitoral pode cassar as chapas e os eleitos, mudando assim a configuração da Câmara de BH.
Essa é uma campanha que reúne lideranças de diversas organizações, feministas e políticas, em articulação pelo cumprimento e fiscalização da lei eleitoral, visando garantir a efetiva participação de mulheres enquanto candidatas e eleitas.
Aqui firmamos, enquanto cidadãs, o nosso compromisso com a democracia e com a luta pela igualdade de gênero! Faça parte desta mudança e ajude a pressionar a justiça eleitoral por eleições sem laranjas.
LARANJAL
NA POLÍTICA
Candidatas fantasmas preenchem a cota de 30% aos olhos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto, na prática, os recursos do partido continuam sendo destinados para os homens. São as chamadas laranjas.
Infelizmente, a coisa não para por aí. Essa é uma prática tão comum que existem até as “laranjas profissionais”. Segundo um estudo realizado após as eleições de 2018, 35% de todas as candidaturas de mulheres para a Câmara dos Deputados não chegaram a alcançar 320 votos. Ao que tudo indica, são candidatas que possivelmente foram usadas apenas para cumprir formalmente a lei da cota dos 30%.

DE QUEM É A CULPA?
Dos partidos, basicamente. São instituições fundamentais para a nossa democracia, mas que ainda são controlados majoritariamente por homens, brancos e ricos.

QUEM FISCALIZA
Cabe às promotorias eleitorais do Ministério Público receber denúncias e encaminhar investigações. A Justiça Eleitoral também pode atuar. Mas ambas dependem do recebimento de denúncias.

QUAL A PUNIÇÃO
O Tribunal Superior Eleitoral decidiu em 2019 que a presença de candidaturas laranjas pode resultar na cassação da chapa inteira do partido (todos os candidatos e candidatas do partido perdem o direito de concorrer e/ou exercer mandato).

Manifeste
seu apoio à democracia
e pressione
a justiça eleitoral pelo fim das candidaturas fictícias
14/11
/2020
Faltando um dia para a eleição, vamos entregar o abaixo assinado para os dirigentes de todos os 33 partidos políticos do Brasil. Precisamos coletar o maior número de assinaturas possível até lá. Vamos mostrar que não aceitaremos mais que as eleições sejam fraudadas e nós mulheres prejudicadas. Assine!
SERÁ QUE É LARANJA?
Responda às perguntas a seguir e confira o resultado

ALERTA LARANJA
DEVO DENUNCIAR?
Essa é a última medida que deve ser tomada. A candidata deve recorrer a ela apenas caso nenhum outro tipo de abordagem tenha tido resposta efetiva. Não se trata de um caminho que deve ser tomado na primeira resistência apresentada pelo partido. A denúncia só deve ocorrer quando a candidata perceber que, assim como ela, há outras candidatas sendo preteridas ou que o partido nunca está disposto a atendê-la quando ela o procura ou, ainda pior, o partido a destrata e exclui.
Quando ela perceber que não há outra saída e que sua candidatura é apenas um número para o partido, é preciso coragem para denunciá-lo. No caso do estado de São Paulo, será implementado um canal de denúncias online, mas é possível ir diretamente ao promotor ou promotora do município em que está disputando as eleições.
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LEIA MAIS NA MATÉRIA "5 PASSOS PARA NÃO SER UMA CANDIDATA LARANJA" POR HANNAH MARUCI AFLALO
ATENÇÃO, CANDIDATA!
NÃO SE DEIXE ENGANAR
Seu partido te convenceu a sair como candidata laranja prometendo que na próxima eleição você será priorizada? É cilada, Bina! Não caia nessa. Estamos desde 1998 esperando que a lei de cotas faça efeito. E até agora nada! Se não tomarmos uma atitude firme, teremos nas próximas eleições, mais uma vez, um cenário desfavorável em que mulheres não conseguem se apresentar como candidatas competitivas.
Chegou a hora de dar um basta.
É seu direito. Cobre seu partido!
